Novo presidente do Ferroviário para o triênio 2025–2028, Rodger Raniery participou do programa Esportes O POVO nesta terça-feira, 4, e comentou sobre o momento atual do clube da Barra e os planos para o futuro do Tubarão.
Eleito no último sábado, 1º, o dirigente assumirá oficialmente o comando do Ferrão em 1º de dezembro. Antes disso, afirma ser necessário compreender a real dimensão dos problemas financeiros e jurídicos do clube para avançar na venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) à empresa Makes.
O processo de venda já foi aprovado pela maioria em Assembleia Geral e a SAF está juridicamente regularizada, com CNPJ ativo, mas a negociação ainda não foi concluída.
“Nossa prioridade é entender o contrato junto à Makes, a questão das dívidas, etc. Vamos sentar com a atual gestão e entender como está a transição da SAF até para conseguirmos trilhar os próximos passos”, afirmou Raniery.
O Ferroviário enfrenta dificuldades financeiras em razão do grande volume de ações trabalhistas. De acordo com o novo presidente, o passivo consolidado é de cerca de R$ 900 mil, mas o valor total pode chegar a R$ 2,5 milhões com os processos em andamento.
“Hoje a maior parte da dívida do Ferroviário é trabalhista. De acordo com a última reunião do Conselho Deliberativo, a dívida que não cabe mais recurso está em R$ 900 mil, porém há dezenas de ações em curso, o que pode arredondar para R$ 2,5 milhões. Para o futebol, é um valor pagável, mas para a realidade do Ferroviário é uma dívida imensa”, destacou.
Raniery também reforçou a necessidade de um novo modelo de gestão no Elzir Cabral: “Não tem como o Ferroviário depender apenas de patrocínio ou cota de transmissão. Se continuar funcionando de forma associativa, não tem como competir com Ceará e Fortaleza”.
Atualmente, mesmo com a venda da SAF não oficializada, o grupo Makes, representado pelo empresário Pedro Roxo, já atua internamente no clube, inclusive em tomadas de decisões relacionadas ao futebol profissional. Caso o acordo seja concluído, a empresa passará a gerir o futebol masculino, feminino e as categorias de base de maneira oficial.
Possível SAF caseira
Se a negociação com a Makes não for concretizada, a nova diretoria pretende recorrer a uma solução local. A ideia é criar uma “SAF caseira”, com o aporte de empresários cearenses interessados em investir no Ferrão.
“Caso não assine com a empresa Makes, o torcedor pode ficar tranquilo, porque já temos um plano B, que é captar empresários locais para montar uma SAF caseira. Já temos uns seis empresários que demonstraram interesse”, revelou Raniery.

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