Com um jogador a menos, o Flamengo resistiu à pressão no estádio Presidente Perón, em Avellaneda (ARG), segurou o empate contra o Racing e conquistou a classificação para a grande final da Copa Libertadores, já que venceu o jogo de ida por 1 a 0, no Maracanã. Agora, o Rubro-Negro aguarda o vencedor do duelo entre Palmeiras e LDU-EQU para conhecer seu rival na decisão.
Racing 0x0 Flamengo: o jogo
Antes da batida do centro, uma festa espetacular com pirotecnia – que é proibida pela Conmebol, mas o Racing assumiu a bronca pela torcida – tomou conta do El Cilindro, digna de uma decisão de Copa Libertadores. O estádio inteiro foi iluminado com sinalizadores, fogos de artifício e uma densa fumaça, transformando-o realmente em um caldeirão.
O experiente treinador Gustavo Costas, que tem uma relação de amor profunda com o Racing – é também ex-jogador e, sobretudo, torcedor –, olhou para a festa com um semblante emocionado. Entre os jogadores dos dois times, havia um misto de concentração e admiração. Mas as coisas teriam que ser resolvidas mesmo na bola. E ali, no campo, o Flamengo não se intimidou.
O Rubro-Negro, em nenhum momento da primeira etapa, permitiu que o Racing transferisse aquela atmosfera vinda da arquibancada para o cenário da partida, sobretudo naqueles temidos 15 minutos iniciais na casa de um time argentino, que quase sempre são de clima hostil e de muita pressão. A equipe carioca não só controlou bem as ações como criou as melhores chances para abrir o placar.
Em duas ocasiões, Luiz Araújo arriscou de fora da área e levou perigo. Em outras, Varela e Arrascaeta ficaram cara a cara com Cambeses, mas o goleiro fez defesas excelentes. O arqueiro, inclusive, assim como foi no Maracanã, voltou a ser um dos destaques do confronto. O Racing, sem tanta coordenação, tentou ir no embalo da torcida, no abafa, arriscando muitos cruzamentos. Um deles, cabeceado por Conechny, exigiu boa intervenção de Rossi.
Na volta para o segundo tempo, um lance capital mudou o roteiro do jogo: Plata recebeu cartão vermelho direto após um entrevero com Marcos Rojo. O árbitro, que nem viu o ocorrido, aplicou a expulsão após o bandeira avisá-lo de que o atacante rubro-negro teria agredido o lateral do Racing – algo que, pelas imagens da transmissão, não ficou claro. O VAR optou por não intervir na decisão exagerada de campo.
Com a desvantagem numérica, o Flamengo passou a viver um jogo de sobrevivência. Filipe Luís reforçou o sistema defensivo com a entrada de Danilo, formando uma linha de três zagueiros, e colocou Bruno Henrique para ficar solitário no ataque, com o intuito de aproveitar eventuais contra-ataques. Na prática, o Rubro-Negro ficou preso à frente da sua baliza, tentando suportar a pressão do Racing.
Aos 28 minutos, Rojo chegou a ser expulso com vermelho direto após uma dividida com Léo Ortiz, mas o VAR chamou o árbitro para reverter a decisão. No fim, o Flamengo teve eficiência para se defender e, com Rossi sendo herói, conseguiu se manter intacto no placar. Passagem carimbada para o Peru, sede da final deste ano, no mesmo estádio em que o time carioca venceu a Libertadores de 2019 contra o River Plate, no Monumental.

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