No futebol, a junção de uma exibição soberba de um, do Racing, com uma atuação terrível de outro, geralmente resulta em goleada. Era o que o Racing poderia ter imposto ao Fortaleza na noite de terça-feira no Castelão pela 1ª rodada da Libertadores.
O placar foi de 3x0 para 'La Academia', mas poderia ter sido de 5 ou 6, sem nenhum exagero.
O que se viu no Castelão foi um time amplamente organizado, e sabedor do que tinha que fazer desde o início. A equipe treinada por Gustavo Costas não é campeã da Sul-Americana e da Recopa (com duas vitórias contundentes diante do Botafogo) por acaso.

Racing implacável
É muito bem treinada e com ótimos jogadores, mas o diferencial é a postura. O Racing sempre joga ofensivamente, e não para de atacar, mesmo quando está em vantagem no placar. Foi assim no título da Sul-Americana de 2024 e nos jogos contra o Botafogo, principalmente no Engenhão, no jogo de volta. A equipe tem um apetitie para o ataque e não costumar jogar para segurar um resultado.
Almendra, Salas, Nardoni e Rojas jogaram demais. Eles controlaram o jogo o tempo todo pelo setor esquerdo, infernizando a vida do Fortaleza.
Mas todo time do Racing jogou bem, com muita calma, e movimentação inteligente em campo. Foi uma aula de futebol, uma aula de La Academia.
A colocação no Campeonato Argentino é enganosa. O Racing não tem priorizado o Apertura e joga como preparação para as Copas. Eu vi os últimos 7 jogos do Racing pelo Campeonato Argentino e a rotação foi abaixo, como se fosse apenas uma preparação para a Libertadores. Foi assim antes dos dois jogos com o Botafogo pela Recopa Sul-Americana e agora contra o Fortaleza na estreia da Liberta.
La Academia finalizou 24 vezes e poderia ter feito pelo menos 6 gols, se não fossem as grandes defesas de João Ricardo.
Fortaleza muito abaixo
Se o Racing jogou muita bola, o Fortaleza foi pifio. Erros de posicionamento defensivos e falta de combatividade foram evidentes.
Dois lances ilustram bem isso: o lance do 2º gol do Racing de Almendra, quando a defesa leonina permite 3 finalizações, e a jogada de Nardoni, fazendo fila na defesa leonina.
O trio de zaga tricolor - Kuscevic, David Luiz e Titi - perdidos em campo.
Yago Pikachu e Diogo Barbosa perdidos na marcação dos alas Rojas e Martirena e nulos na criação, e o trio do meio, Sasha, Pol e Martinez, não acharam em nenhum momento, o trio do Racing.
Na frente, Marinho e Lucero foram facilmente vencidos pelo trio de zaga argentino: Colombo, Sosa e Cesare.
O único que se salvou do Leão foi o goleiro João Ricardo, que evitou que a derrota leonina fosse pelo dobro de gols.
E agora?
Se imaginava que a vitória diante do Fluminense fosse dar um gás ao Fortaleza, em confiança para apresentar um melhor futebol. Mas o que se viu foi mais uma vez um time errático, ansioso, nervoso, e mentalmente abaixo.
Uma derrota como essa sempre deixa sequelas e Vojvoda terá muito trabalho. A tabela da Libertadores prevê dois jogos fora de casa, contra Colo Colo e Bucaramanga, duelos duros, e que o Fortaleza precisará mostrar muito mais se quiser estar vivo no returno da Libertadores.
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