O Ceará faz temporada segura em 2020, com título invicto da Copa do Nordeste e a 9ª posição na Série A. Com sistema tático montado por Guto Ferreira, o elenco tem pilares e um dos principais no sistema defensivo é Tiago Pagnussat.O zagueiro de 30 anos chegou em Porangabuçu através de empréstimo junto ao Bahia e foi adquirido de modo definitivo pelo Vovô em dezembro, com renovação contratual até 2022. No ano, foram 34 exibições com a camisa alvinegra e dois gols marcados.Natural do Paraná, Pagnussat concedeu entrevista exclusiva ao Sistema Verdes Mares e revelou bastidores do clube,
rotina com Guto e as metas ao término da competição. Confira bate-papo:Entrevista com Pagnussat
DN: Como foi a negociação para compra dos seus direitos federativos pelo Ceará?
"Surgiu uma oportunidade que pra mim não era o que eu queria, não tinha pretensão de sair do Ceará, sou feliz aqui, estamos vivendo um momento especial. Recebi proposta financeiramente tentadora e foram três dias sem dormir conversando com a direção. Falei da situação, e o Ceará indicou que gostaria de continuar o meu trabalho. Eu falei que minha vontade era essa também, mas o Bahia era detentor dos direitos, tinha uma situação, então a gente fez acordo entre Bahia e Ceará para solucionar o problema. Consegui ampliar contrato por mais um ano e estou muito contente.
DN: Você conhece o Guto desde a passagem no Bahia. Como é o contato no dia a dia pelo Ceará?
"O professor está na versão light agora, tranquilo, no Bahia era estressado, agora está sereno, calmo, e isso é bom até para saúde mental. Levar o futebol assim faz bem, o professor vem conseguindo gerir um grupo e não é fácil ter 30 pessoas diferentes, ele faz isso bem. É uma das principais maneiras de sucesso, fazer todos vencedores e em um só sentido. Isso traz leveza ao grupo, não fica o ambiente pesado, de brigas e discussões".

DN: Dentro do aspecto tático, quais as orientações que o técnico Guto passa para a defesa?
"Acredito que um dos principais pontos é que ele sempre estuda muito o time adversário e tenta neutralizar os pontos fortes, isso é um elemento importante para o time saber o que fazer quando o adversário ataca, se tem técnica ou velocidade, como o São Paulo, que toca muito. Esse é um ponto principal e a gente vai encaixando, claro que em campo as coisas variam, mas estamos preparados”.
DN: Qual o grande sonho ao término da Série A do Campeonato Brasileiro?
"Com certeza queremos a pré-Libertadores, se for para viajar longe que seja Libertadores. Mas brincadeiras de lado, temos meta de ficar nessa parte alta da tabela e jogo a jogo vamos tendo condições de buscar uma Sul-Americana. Sabemos das limitações, e somos humildes, mas trabalhamos bastante e chegamos no limite, isso é uma equipe vencedora. Temos Atlético-GO e Clássico-Rei, e se a gente vencer nos coloca em condição melhor, cada jogo será uma final".

DN: Todos os demais zagueiros atuaram na temporada. Como percebe a competitividade do setor?
"É a primeira vez que estou em um grupo com cinco zagueiros (Luiz Otávio, Lacerda, Pagnussat, Brock e Klaus) deste nível, todos querendo muito jogar. E quem não conseguir dar conta vai para o final da fila. Isso é interessante e gera crescimento individual, a concorrência gera o crescimento e cada um quer jogar, embora o futebol seja coletivo. Quando eu vejo do meu lado um companheiro treinando bem, se eu não fizer melhor, quem joga é ele. Claro que é de maneira respeitosa e cordial, mas temos só duas vagas para cinco jogadores”.
DN: O Ceará oferece uma boa estrutura e o salário em dia. De que forma isso impacta no resultado?
"A parte financeira deixa de ser assunto quando todo dia 6 cai na conta (o salário), isso é um facilitador de gestão de grupo. Eu já vivi em time com três meses de salário atrasado, e a conta chega, os objetivos ficam em segundo plano porque é uma preocupação, se não recebe desvia o foco. Sobre estrutura, é primordial ter uma boa, o campo de treino precisa ser o mesmo do jogo. E o Ceará vem crescendo muito no extracampo, temos uma academia de ponta, departamento médico de excelência, isso é importante para recuperação do jogador, prevenção de lesões. O Ceará vem evoluindo e teremos uma estrutura de excelência no Nordeste".
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