A troca no comando técnico do Fortaleza não ocorre por má fase, sequência de resultados ruins ou problemas de relacionamento. A saída de Rogério Ceni para o Flamengo ocorreu por opção do próprio. Ao Tricolor, então, cabe dar continuidade ao trabalho que vinha sendo desenvolvido pelo treinador. Este foi um motivo primordial para a contratação de Marcelo Chamusca, que chega para dar sequência ao que já estava dando certo.O perfil do baiano de 54 anos indica isso. Moderno e estudioso, Chamusca possui ideias bastante semelhantes às de Ceni. Por já ter realizado uma análise prévia e conhecer o elenco,
tem em mente como deverá armar a equipe para os próximos duelos, sobretudo a estreia, amanhã, contra o São Paulo, no Castelão.Fortaleza tem uma forma de jogar muito organizada e bem estruturada. Ele sabe também que não haverá tempo para implementar muitas mudanças e, por isso, deverá agir de acordo com o que pede a realidade, sem tantas alterações. Algo distinto ao que fez Zé Ricardo, por exemplo.
Em 2019, quando foi contratado para substituir Ceni, que havia assumido o Cruzeiro, Zé chegou e mudou bruscamente a forma de o time jogar. Com pouco tempo para treinamentos, os atletas tiveram naturais dificuldades para assimilar uma nova filosofia. A diretoria tricolor sabe que esta experiência não pode se repetir.
Algo que é muito importante o torcedor do Fortaleza saber: Marcelo Chamusca não é o mesmo de 2014 ou 2015, quando passou pelo clube. Nos últimos anos, acumulou passagens por Sampaio Corrêa, Guarani, Paysandu, Ceará, Ponte Preta, Vitória e CRB, além do Cuiabá. Está bem mais experiente e apresenta uma clara evolução na carreira e no conceitos.
Modelo de jogo
Quando tem a bola, as ideias também são semelhantes. Chamusca gosta de fazer uma saída qualificada, preferencialmente pelo chão, com três jogadores. Contará com algo que nunca teve na carreira: o goleiro Felipe Alves, que auxilia bastante os zagueiros no início das jogadas.
Além disso, os volantes participam bastante da armação ofensiva, com os laterais bem espetados, abertos no campo de ataque e com liberdade para os pontas atuarem por dentro. A preferência do novo treinador é de atuar, geralmente, com um camisa 9 nato. Aqui uma leve alteração em relação ao que Ceni vinha utilizando, já que o antigo treinador estava optando mais por velocidade, tanto que Wellington Paulista vinha sendo pouco utilizado.
Chamusca gosta de um jogador de referência no ataque, com capacidade de garantir profundidade, fazer o pivô e servir os companheiros que chegam de trás. Isso facilita nas transições ofensivas, algo que o Fortaleza precisa melhorar. Imaginar que WP9 será mais utilizado é algo totalmente natural.
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