
Tem sido cada vez mais comum que o número de equipes do interior do Estado participando do Campeonato Cearense seja reduzido ano a ano. Nas últimas temporadas, o que se viu foi uma impulsão dos times de Fortaleza e também da Região Metropolitana na Primeira Divisão.
Em 2020, não é diferente. Quase metade dos participantes da fase inicial da competição é da RMF e cada um chega à disputa com trunfos distintos na busca de seus objetivos.
Dois deles estão debutando. Recém promovidos da Série B para a Série A, Caucaia e Pacajus são os "caçulas" da disputa e tentarão surpreender logo na primeira vez que estarão integrando a elite estadual.
Fundado em 16 de abril de 2004, o Caucaia Esporte Clube é um time jovem no Estado. Prestes a completar 16 anos de existência, os últimos dois foram de enorme crescimento. Em 2017, o vice-campeonato na Série C do Campeonato Cearense rendeu acesso à 2ª Divisão, competição a qual o time conquistou o título inédito em 2019.
Atual campeão também da Taça Fares Lopes, garantindo vaga na Copa do Brasil de 2020, o Caucaia vem em ascensão. Fruto de uma gestão que conhece bem o futebol local e aposta numa fórmula que vem dando resultado.
Numa mistura de jovens desconhecidos com experientes veteranos e tarimbados, o clube conta com jogadores rodados e renomados no cenário local. É o caso dos zagueiros Túlio (que jogou no Ferroviário e Ceará), Erandir e Ciro Sena, que marcaram época no Fortaleza, bem como o lateral-direito Amaral, revelado no Tricolor e que já passou por Palmeiras, Corinthians e Seleção Brasileira Sub-20.
Além deles, o meia Jackson Caucaia (passou por Fortaleza, Ceará e Ferroviário) e o atacante Moré também estão no elenco.
"Temos que ter a experiência junto com a juventude, para se completar. O ano de 2019 foi maravilhoso, mas agora temos que pensar na frente. Esperamos fazer um grande campeonato e temos jogadores que estão chegando que irão nos ajudar bastante", destacou Ciro Sena, fazendo questão de ressaltar qual o objetivo prioritário do clube."É uma competição difícil, com poucos dias e muitos jogos, mas a gente está atento porque sabemos da importância que é a permanência. Esse é o primeiro objetivo e, passo a passo, a gente vai em busca de voos maiores".
O técnico é Marcinho Guerreiro, que será o responsável por comandar o time com folha salarial de somente R$ 60 mil rumo a mais um passo de crescimento.
Pacajus
Se o Caucaia é considerado novato, o Pacajus chega com status de ainda mais principiante. Com somente três anos de existência, já que foi fundado em 2017, o clube teve ascensão meteórica nas duas últimas temporadas, com acessos consecutivos, e já chega para disputar a Primeira Divisão do Campeonato Cearense de forma inédita.
Mesmo assim, o Índio conta com nomes também conhecidos dos torcedores alencarinos, como os atacantes Wesley Pimbinha, revelado no Fortaleza, e o centroavante André Cassaco, que já foi duas vezes vice-artilheiro do Estadual, em 2014 (13 gols) e 2012 (15 gols), quando jogava pelo Horizonte. O grande nome, entretanto, está no meio de campo. O volante Michel, ídolo da torcida do Ceará e integrante do "trio de ferro" do clube, em 2009 e 2010, é a principal liderança pacajuense dentro das quatro linhas e terá toda a experiência ao seu favor.

"Já são 12 anos aqui no Estado e a gente tem experiência no Campeonato Cearense. Sabemos que será uma disputa muito difícil, principalmente porque tem que ficar entre os seis classificados ou então já no dia 26 ficamos desempregados. Mas a gente quer sonhar alto e ser campeão da 1ª fase para também ganhar uma vaga na Copa do Brasil, que é o nosso pensamento. O Pacajus está fazendo uma boa equipe", destacou o 'Guerreiro', como foi apelidado pela torcida alvinegra.
O volante Michel, ex-ídolo do Ceará, disputará o Estadual pelo Pacajus
FOTO: THIAGO GADELHA
A experiência fora de campo também é um dos trunfos do Pacajus, que conta com Júnior Cearense como treinador e também terá Valdir Papel de auxiliar-técnico.
Apesar dos nomes conhecidos e do otimismo de Michel, o objetivo do Pacajus na primeira fase do Estadual é de escapar do rebaixamento. Conseguindo a primeira meta e assegurando, consequentemente, classificação à 2ª fase, aí sim será possível almejar algo maior.
Galo do Tabuleiro
Terceiro time da Região Metropolitana no Campeonato Cearense, o Horizonte terá uma dura missão pela frente. Com uma preparação que não foi bem-feita e enfrentou problemas, o Galo do Tabuleiro tentará evitar o grande susto que passou no ano passado, quando quase foi rebaixado na primeira fase (terminou em 6º).
O Horizonte chega com um grupo jovem, com promessas como Felipinho
FOTO: CAMILA LIMA
A manutenção de uma nova chance para 2020. Mesmo assim, a perspectiva não é das mais animadoras. Sem contar com nenhum nome "de peso", o time aposta nos jovens revelados no próprio clube para tentar surpreender.

"É um grupo jovem, na faixa etária de 21 anos, tendo 70% a 80% do grupo que disputou a Copa do Nordeste Sub-20 e alguns outros jogadores que chegaram mais experientes. Mas são poucos, uns cinco atletas, e mais quatro remanescentes do Campeonato Cearense do ano passado", revelou o técnico do Galo, Roberto Carlos.
Manutenção
Está depositada no experiente comandante a esperança de uma campanha mais tranquila, ao menos de manutenção na Primeira Divisão do Cearense, sobretudo pela pré-temporada, que também foi complicada, já que o time só começou a treinar no meio de dezembro e teve menos de um mês para realizar os ajustes necessários. "Queimamos algumas etapas da preparação, tanto da parte física como da parte tática. Sabemos que o condicionamento não vai ser o ideal, mas vamos ter que superar isso para conseguir os resultados", reconheceu o experiente treinador horizontino Roberto Carlos.
Modesta
O nome mais conhecido do elenco é do goleiro Diego, revelado no Ceará e que estava no Ferroviário. A folha salarial é modesta, de somente R$ 50 mil, já incluindo os membros da comissão técnica, o que deixa claro que o objetivo principal do Horizonte na disputa é de garantir o quanto antes a permanência na Série A para o ano que vem.
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FONTE - DN
POSTADO POR GOMES SILVEIRA
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