MOTOCEDRO EM QUIXADÁ

MOTOCEDRO EM QUIXADÁ
MOTOCEDRO EM QUIXADÁ -TELEFONE: 88 3412 0600

sábado, 4 de janeiro de 2014

´Velhinho´ é a mãe! - Cem anos e corpinho de 114

 Três jogadores acima dos 30 anos, e hoje bem mais perto dos 40, chamados carinhosamente de "velhinhos" no mundo da bola, têm tudo para fazerem a diferença para os três maiores clubes cearenses no Estadual 2014.

Magno ALVES

Atacante de 37 anos, vai para a sua 4ª temporada no Ceará credenciado por marcar 34 gols no ano, sendo artilheiro da equipe no Estadual e na Série B. O jogador, baiano de Aporá, despontou para o País no Fluminense em 2000, quando marcou 20 gols na Copa João Havelange. No ano seguinte, ainda pelo time carioca, Magno fez 11 gols no Brasileirão e foi chamado para a Seleção Brasileira para disputar a Copa das Confederações em 2001. Ele deixou o Flu em 2003 rumo ao exterior como então 10º maior artilheiro do clube, com 111 gols, e só voltou ao Brasil para defender o Ceará, em 2010. No Vovô, foi determinante para a permanência do clube na Série A daquele ano, com 9 gols, teve uma passagem apagada em 2012, mas deu a volta por cima em 2013, sagrando-se vice artilheiro do Brasil pelo Vovô

Com 37, 38 e 39 anos, respectivamente, os atacantes Magno Alves, do Ceará, Marcelinho Paraíba, do Fortaleza, e Iarley, do Ferroviário, despontam como as principais estrelas do Cearense de 2014, temporada em que será disputada sua 100º edição.

Se somadas as idades dos veteranos, são 114 anos de experiência, títulos e muita rodagem no futebol, credenciais suficientes para o trio de "Vovôs" ser a referência dentro e fora de campo dos três grandes da Capital.

A presença dos três segue uma tendência do futebol brasileiro de valorizar jogadores de idade avançada, experientes, com vastos serviços prestados ao futebol, como o goleiro Dida (40 anos, do Inter), o meia Zé Roberto (39, no Grêmio), o meia Paulo Baier (39, no Criciúma), e o holandês Clarence Seedorf (37, do Botafogo), ainda referências técnicas de suas equipes.

Dos três que abrilhantarão o Cearense, Magno Alves vem de uma temporada melhor, se tornando vice-artilheiro do Brasil com 34 gols em 61 jogos, mas Marcelinho e Iarley têm futebol suficiente para também se destacarem em seus clubes.

MARCELINHO PARAÍBA

Ele anexou o apelido de "Paraíba´ ao nome, mas bem que poderia ser chamado de ´Paraúcho´ pelo sucesso no Grêmio em 2001 ganhando a Copa do Brasil, ou até de ´alemão´, ao virar um dos maiores ídolos da história do Hertha Berlin, onde jogou por sete anos (2001-2006) e viveu o auge da carreira, ganhando a Copa da Liga Alemã de 2001. No mesmo ano, jogou pela Seleção Brasileira de Felipão nas Eliminatórias da Copa do Mundo, marcando um gol ante o Paraguai. O jogador ainda passaria pela Turquia, voltaria para a Alemanha e defenderia o Wolfsburg, depois Flamengo (clube de infância, segundo ele, em 2008), Coritiba, São Paulo (retornando em 2010 ao primeiro clube grande pelo qual se destacou no fim da década de 1990), Sport, Barueri e Boa/MG, até assinar com o Fortaleza

O "Magnata" espera um ano ainda mais vitorioso que o de 2013 em Porangabuçu. "A gente já conversou que este ano será de muitas cobranças, por conta do centenário do clube e os objetivos, como o da volta à Série A do Brasileiro. Vamos nos basear nos bons exemplos de 2013, quando conquistamos o Estadual, chegamos às semifinais da Copa do Nordeste e ficamos perto de subir para Série A", argumenta Magno Alves.

Já o meia-atacante Marcelinho Paraíba teve uma temporada regular no Boa Esporte/MG. O jogador foi referência do time, como garçom, mas marcou apenas sete gols em 45 jogos.

"Acho que a gente tem que jogar bola. Não adianta nada eu chegar aqui com nome ou experiência e não jogar. O torcedor quer ver boas jogadas e gols. É mais um desafio na minha carreira e gosto de desafios grandes. A minha experiência vai ser vir para a gente conversar muito e procurar formar uma família aqui, em busca do Estadual e também do acesso à Série B", comenta o atleta, que já teve passagem pela Seleção Brasileira.

Ferrão em alta

IARLEY

O atacante cearense de Quixeramobim é um andarilho no futebol. Aos 39 anos, Iarley jogou no México, Argentina e Espanha, vestindo camisas pesadas como as do Real Madrid ´B´ e a do Boca Juniors. Revelado na base do Ferroviário, o meia voltou ao futebol cearense para o Ceará em 2001, ao se destacar pelo Uniclinic. Virou ídolo da torcida alvinegra e chamou a atenção do Paysandu. Por lá, entrou para a história do clube ao marcar o gol da vitória da equipe sobre o poderoso Boca Juniors em plena La Bombonera. Se transferiu para o clube argentino e depois de duas temporadas, Iarley se consagraria de vez no Inter, ao vencer a Libertadores e o Mundial pelo clube gaúcho. Ele ainda jogaria por Corinthians, Ceará, Goiás e Paysandu, antes de retornar ao Ferroviário, clube onde começou

Talvez Iarley seja a contratação de maior impacto das três, por se tratar de um cearense, e jogando pelo Ferroviário. O jogador, o mais experiente do trio, volta ao clube em que foi revelado, ciente de que precisa apagar o ano ruim de 2013 pelo Paysandu e principalmente, dar uma maior qualidade ao modesto time coral. "A gente tem consciência de toda essa movimentação que aconteceu com a minha contratação por parte do Ferroviário. Passou uma motivação muito boa, se falou bastante nisso", completa o jogador.

Iarley não quer que sua contratação se limite ao falatório geral. "Espero que não fique apenas no marketing e eu, dentro de campo, possa contribuir e mostrar um bom futebol para agradar torcida e comissão técnica". Ele ressalta ainda que não quer regalias nos treinamentos. Sempre é um dos primeiros a chegar e um dos últimos a deixar o gramado. "Fui assim em todos os clubes", diz.


Postada:Gomes Silveira
Edição:Ingrid Lima
Fonte:DN

Nenhum comentário:

Postar um comentário