Mesmo
com a realização do Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva
nesta sexta-feira, às 11 horas (de Brasília), a decisão sobre o possível
rebaixamento da Portuguesa á Série B do Campeonato Brasileiro está
longe de ter um fim. Em caso de nova derrota nesta sexta-feira, ainda há
a possibilidade de levar o processo à Justiça
Comum, ideia que já foi
levantada pelo Ministério Público de São Paulo e adotada por parte da
torcida rubro-verde.
Logo após a realização da 1ª Comissão no STJD, na qual a
Portuguesa foi condenada pela escalação irregular do atacante Héverton e
perdeu quatro pontos na tabela de classificação, culminando no
rebaixamento à segunda divisão, alguns torcedores já manifestaram o
desejo de levar o processo à Justiça Comum. Ilustre representante
rubro-verde, o maestro João Carlos Martins foi um dos principais
idealizadores da ação.
A possibilidade também não foi descartada pelo
Ministério Público. Promotor de Justiça do Consumidor, Roberto Senise
Lisboa também afirmou que poderá mover uma ação contra o STJD caso
houver irregularidades no processo que pode levar à condenação da
Portuguesa nesta sexta-feira. Em contato com a reportagem, o promotor
revelou que vem estudando o caso nos últimos dias e, se comprovar a
existência de desrespeito ao Estatuto do Torcedor, moverá uma ação na
Justiça Comum.
A Portuguesa, no entanto, descarta essa possibilidade. A
posição oficial até o momento indica que o clube tentará todos os
recursos possíveis na Justiça Desportiva, mas não vai arriscar uma ação
em outros âmbitos, já que pode sofrer duras sanções da Fifa e da CBF em
caso de derrota. A entidade que comanda o futebol brasileiro, por sua
vez, teme uma investida até mesmo da torcida rubro-verde, principalmente
pelas consequências do ato.
A opção, garantida pelo artigo 217 da Constituição
depois de esgotar as possibilidades na esfera esportiva, pode atrapalhar
o andamento das competições nacionais em um ano especial para o futebol
brasileiro. Às vésperas de receber a Copa do Mundo, o país pode ter
desentendimentos com a Fifa e sofrer com a demora para a definição da
Justiça Comum com relação ao caso.
Postada:Gomes Silveira Edição:Ingrid Lima Fonte:Terra
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