Se há um jogador que domina as conversas nas rodas de
atletas mexicanos para a estreia na Copa das Confederações neste domingo
é Andrea Pirlo. O meio-campista italiano é quem mais preocupa José
Manuel de la Torre, técnico do México e que busca recuperar não só o
ânimo dos jogadores, mas fazer o time se reencontrar com a vitória, algo
que não acontece há mais de um mês.
"É um jogador fundamental, que faz todo o time italiano
funcionar e pode nos causar problemas", disse. "Mas não podemos pensar
que ele joga sozinho. Tem ele, Balotelli e mais nove jogadores",
afirmou.
Para de la Torre, a Itália de Cesare Prandelli não pode
ser classificada apenas como um time bem ofensivo, diferente da Itália
histórica. "É uma Itália acima de tudo equilibrada em todas as linhas",
disse. E talvez seja o equilíbrio italiano o que busque o técnico do
México para a equipe que fez apenas um gol nos últimos três jogos.
"Estamos funcionando melhor fora de casa que dentro, por
exemplo. Talvez nos tenha faltado ser mais agressivo e mais
imaginação", explicou, adiantando que o México que vai entrar em campo
vai ser mais cauteloso que o habitual.
Talvez a má fase explique tanto segredo em torno da
equipe. Nem mesmo o capitão do time participou da entrevista e alguns
poucos falaram desde que chegaram ao Brasil. Nem sair do hotel para um
rápido passeio pelo Rio foi permitido. "Antes de pensar em como joga a
Itália, temos que pensar o que não estamos fazendo bem. Depois sim, ver
como e com que jogadores atua o rival e ver o que temos que fazer para
derrotá-lo".
A declaração de alguns jogadores italianos de que
desconhecem vários jogadores da seleção mexicana, segundo José Manuel de
la Torre, pode ser uma vantagem. "O que é desconhecido sempre dá mais
medo", justificou, em torno de tanto mistério em relação ao time
titular. E no segredo pode estar justamente o que precisa o técnico do
México para vencer o primeiro jogo. "Se temos este tipo de arma, não há
motivo para não usá-la", disse.
Os jogadores fizeram o treino de reconhecimento do
gramado do Maracanã e mais uma vez esconderam o jogo da imprensa. Apenas
15 minutos de bate-bola aberto, antes de voltarem a se fechar e tentar
algo surpreendente. De la Torre pelo menos teve tempo de ter umas
palavras para o Maracanã. "Estar aqui é um sonho que se realiza para
qualquer profissional. É como jogar em Wembley ou no Estádio Azteca",
disse.
Redação
Gomes Silveira
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