De
acordo com inquérito policial citado na denúncia do MPE, o escritório
de Mauro Carmélio foi contratado pela empresa ATG Factoring, em 2005,
para cobrar de um devedor da empresa 17 cheques sem fundos que
totalizavam dívida de mais de R$ 50 mil. O inquérito policial comprovou
que Mauro Carmélio e seus cúmplices receberam 15 destes cheques, mas “o
escritório sequer passou uma parcela completa recebida ao legítimo
credor [a ATG Factoring], tendo entregue apenas a quantia de R$ 1.250”.
A denúncia alega que o escritório de Carmélio teria falsificado um termo de confissão do devedor e, após suposta inadimplência, informado ao seu cliente que havia entrado com ação de execução. O escritório, contudo, apenas forjou a ação, falsificando todos os documentos necessários e apresentando-os ao seu cliente como “provas”, segundo o MPE. Entre as falsificações estava um mandado supostamente assinado pela juíza Maria Iraneide Silva, hoje desembargadora, que negou tal assinatura. Além de tudo, Carmélio e seus parceiros ainda teriam cobrado da ATG Factoring o pagamento das custas do processo que nunca existiu, no valor de cerca de R$ 705.
Em sua defesa, o presidente da FCF alegou ter repassado para Fares Lopes Neto a responsabilidade de realizar as cobranças e que, desde então, não teve qualquer contato com o primo ou com as vítimas do estelionato. O Jornal O Estado ligou insistentemente para o presidente da FCF nesta quarta-feira, mas não foi atendido nem em seu celular particular nem no de sua assessoria.
Mauro
Carmélio concorre à reeleição na Federação Cearesne de Futebol. Ele
encabeça a chapa “Continuando a nova história”, tendo Eudes Bringel como
candidato a vice-presidente. A chapa conta com o apoio dos maiores
clubes do Estado, como Ceará, Fortaleza, Ferroviário, Guarani de
Juazeiro e Horizonte. A chapa de oposição é encabeçada por Idemar Citó,
que tem Valmir Araújo como vice.
Denúncias em 2012
Mauro Carmélio foi alvo de sérias denúncias em março de 2012, apresentadas por seu atual opositor nas eleições de amanhã, deputado estadual e vice-presidente da FCF Idemar Citó. Segundo ele, já havia, naquela época, indícios de desvio de dinheiro na FCF e até combinação de resultados para beneficiar apostadores. O deputado disse, à época, que a Federação promovia um esquema de venda de cortesias a cambistas para partidas do Campeonato Cearense. Em resposta, a FCF repudiou as declarações de Citó, a quem chamou de “desinformado, claramente ávido pelo poder”. “[Idemar Citó] levianamente acusou aqueles que fazem a FCF sem nenhuma prova ou indício de prova”, rebateu.
Mauro Carmélio foi alvo de sérias denúncias em março de 2012, apresentadas por seu atual opositor nas eleições de amanhã, deputado estadual e vice-presidente da FCF Idemar Citó. Segundo ele, já havia, naquela época, indícios de desvio de dinheiro na FCF e até combinação de resultados para beneficiar apostadores. O deputado disse, à época, que a Federação promovia um esquema de venda de cortesias a cambistas para partidas do Campeonato Cearense. Em resposta, a FCF repudiou as declarações de Citó, a quem chamou de “desinformado, claramente ávido pelo poder”. “[Idemar Citó] levianamente acusou aqueles que fazem a FCF sem nenhuma prova ou indício de prova”, rebateu.
Também
em 2012, Mauro Carmélio causou polêmica ao apoiar veementemente o então
presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que renunciaria dias depois em
meio a uma enxurrada de denúncias de corrupção. Em entrevista ao Jornal O
Estado, Carmélio revelou os motivos que o fizeram apoiar Teixeira: “O
Ricardo é meu amigo e amigo do futebol cearense. Ele está nos apoiando
na nossa administração e, você sabe, amigo não tem defeito”.
Postada:Gomes Silveira
Fonte:O Estado
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